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PAULO CEZAR NERES É CIDADÃO HONORÁRIO DE NANUQUE

  • profademircomunica
  • 23 de dez. de 2022
  • 4 min de leitura

Reconhecidamente, um dos mais talentosos craques do futebol de Nanuque e região


Texto: Ademir Rodrigues de Oliveira Junior / fotos: Paulo Cezar Neres

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Foto atual


Agora que a Copa do Mundo terminou, e o Brasil foi obrigado a adiar o sonho do hexa para 2026, cabem algumas perguntas para reflexão:


- Quantos adolescentes e jovens existem por esse Brasil afora, nos campinhos de futebol das pequenas localidades, demonstrando habilidade com a bola nos pés, capazes de dribles e jogadas fantásticas?


- No meio de centenas ou milhares, quantos desses anônimos poderiam ter o mesmo talento de um Pelé, de um Zico ou mesmo de um Neymar, só para citar três jogadores de três diferentes gerações?


- Mas, desses anônimos, quantos poderão alcançar a fama e o salário de um Neymar, por exemplo?


Na verdade, apenas uma reduzidíssima minoria consegue o reconhecimento, e não estou falando apenas de Brasil, mas do mundo inteiro. As notícias apontam contratos bilionários envolvendo nomes como Kylian Mbappé, Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e, é claro, o nosso Neymar.


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Enfim, por que estou fazendo tais considerações? Vou responder.


Nos dias 14 e 15 deste mês, a Câmara de Nanuque realizou duas sessões solenes que marcaram a entrega de 50 títulos de Cidadania Honorária do Município e 6 comendas de Honra ao Mérito Nanuquense a pessoas que contribuíram efetivamente com o dia a dia no convívio social. A iniciativa foi do vereador José Osvaldo Lima dos Santos, presidente do Legislativo.

No meio dos homenageados, o amigo Paulo Cezar Neres, também conhecido “Paulo Cezar Branco”, “PC” e outros apelidos comuns no futebol. Quem tem acima de 50 anos de idade, certamente sabe um pouco da sua história e da maestria que o projetou, entre as décadas de 1970-1990, como um jogador veloz, hábil e criativo, um verdadeiro craque.


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A HISTÓRIA

Paulo Cezar tem 64 anos, nasceu em Governador Valadares no dia 17 de setembro de 1958. Há mais de 50 anos, porém, faz parte do convívio dos nanuquenses.


O início de tudo foi em 1970, ano em que a Seleção Brasileira conquistou o tricampeonato, nas famosas ‘peladas’ da Ilha do Sol (ilha localizada no Rio Mucuri, nos fundos do escritório da Cemig), próximo à Pedra do Bueno. Na época, o futebol de Nanuque estava no auge. Admirado por todos, aquele jogador magrinho despertou o interesse do Bueno, e passou a fazer parte do time em 1974. Aí, a fama cresceu na região.


Logo no ano seguinte, em 1975, foi fazer um teste no Atlético Mineiro, em Belo Horizonte. Hoje, PC admite que estava muito imaturo, na faixa dos 16 pra 17 anos, sem experiência para um clube profissional do tamanho do Galo.


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“Eu cheguei lá com uma simples carta de apresentação. Se tivesse chegado com algum padrinho na época, não teria voltado pra casa. Eu não tinha experiência nenhuma e nenhum contato com cidade grande, fiquei muito acanhado. Acabei retornando para a nossa região”, recorda-se.


De volta a Nanuque, entre 1976 e 1978 atuou no Cruzeiro (Nanuque) e Palmeiras (Teixeira de Freitas-BA). Entre 1979 e 1985, uma passagem de sucesso por times da vizinha cidade de Carlos Chagas. Na verdade, 1979 foi o auge de sua carreira, jogando pelo Borroló, um dos maiores times desta região que abrange nordeste de MG, extremo sul da BA e norte do ES.


Em 1986, foi jogar no Corinthians (Itamaraju-BA) e no Botafogo (Pinheiros-ES). No ano de 1989, integrou o elenco do maior time do extremo sul baiano na época, o Shell (Medeiros Neto-BA), permanecendo até 1992.


Nesse tempo todo, Paulo Cezar jogou também no Vitória (Itambacuri-MG), quando foi vice-campeao regional em 86. Em 88 foi campeão regional pelo União (Ataleia-MG). Foi contratado para jogar nos times de Altino Barbosa, campeonato de bairro em Teófilo Otoni, em 77, e no Santo Antônio, em 85.


Teve passagem relâmpago pela equipe do Montanha-ES e União (Itanhém-BA).


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CONQUISTAS, TROFÉUS E MEDALHAS

Mesmo passando por várias cidades vizinhas, sua grande paixão sempre foi Nanuque. Aqui, jogou em várias equipes e foi campeão pelo Bueno em 1975, 79, 80, 82, 88, 89, 90 e 91.


Pelo Borroló, foi campeão regional invicto em 81; vice-campeão regional em 84 pelo Cruzeiro (Carlos Chagas); campeão da cidade pelo União em Itanhém e Corinthians (Itamaraju). Disputou o Intermunicipal do Extremo Sul Baiano em 1990 pela Seleção de Itamaraju, em 1990.


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HORA DE PARAR

PC conta que parou de jogar em 1992 defendo e encerrando a carreira de futebol no seu time do coração - Associação Atlética Bueno, de Nanuque. Ele integra a diretoria do time e ocupa o cargo de presidente até 2026.


PESSOAS IMPORTANTES EM SUA VIDA


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Com sua mãe sra. Rita Neres e o filho Breno

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Aniversário de 80 anos de Lot Ignácio de Souza, grande incentivador

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Com os apoiadores Jacy Barberino Rios e Matosinhos de Castro: gratidão eterna

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Carla Hoffman: bons momentos

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Com o filho Breno, ainda criança, e a mãe Telma (já falecida)


Comentários do jogador

“Fui muito feliz no futebol em todos os lugares que joguei, e adquiri uma vasta amizade e admiração dos torcedores da região toda no Vale do Mucuri, Jequitinhonha, extremo sul baiano, norte do Espírito Santo e Vale do Rio Doce"


“Sou conhecido com o nome de Paulo Cezar Branco, porque nos anos 80 tinha uma rivalidade em Nanuque para ver quem era melhor: Paulo Cezar Branco (Bueno) X Paulo Cezar Preto (Flamenguinho), um extraordinário jogador.”


“Muitas saudades desse tempo de ouro na minha vida, e de muitos craques que passaram por Nanuque, cidade que sempre foi um celeiro de grandes atletas."


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1 comentário


Jose Fernando Alves DE Oliveira
Jose Fernando Alves DE Oliveira
24 de dez. de 2022

Paulo Cezar dos anos 70, era como Neymar hoje

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