GILSON DIZ QUE NÃO PRETENDE SER CANDIDATO A DEPUTADO EM 2026

Prefeito lembra que foi reeleito para mais um mandato de 4 anos; três ex-prefeitos de Nanuque tentaram, mas ficaram longe da possibilidade de eleição

Gilson, durante juramento de posse para o segundo mandato (1º-jan-2025)

“O povo de Nanuque me elegeu prefeito em 2020 para um mandato de quatro anos e me reelegeu em 2024 para mais um mandato de quatro anos. Meu compromisso firmado foi governar até o dia 31 de dezembro de 2028”. Com esta resposta, direta e reta, Gilson Coleta (PP) deixou claro que não pretende se candidatar a deputado estadual em 2026, como vem sendo divulgado nas redes sociais.

Juramento de posse do prefeito e do vice

EXPERIÊNCIAS PASSADAS E MALSUCEDIDAS –  Nanuque completou 76 anos de emancipação em dezembro passado, desde que se desmembrou de Carlos Chagas, em 1948. De lá para cá, de Franz Schaper (1º prefeito) até o atual, foram 18 prefeitos e vices eleitos que se alternaram e se embolaram no poder, tanto em clima de paz quanto em clima de guerra. Desse total, três deles arriscaram candidaturas a deputado estadual.

Ex-prefeitos Nide, Teodoro e Jorge foram candidatos

O primeiro foi Nide Alves de Brito, durante o seu primeiro mandato de prefeito (1977-1982). Nas eleições de 1982, oito meses antes de fechar a administração, deixou o cargo e passou a cadeira ao vice Antonio Pereira Louzi, que governou o Município entre maio e dezembro. Nide concorreu a deputado estadual pelo PSD, partido ligado à ditadura militar que mandava no País, e chegou a 11.706 votos, mas ficou bem distante de qualquer possibilidade de eleição. Naquela disputa, o deputado eleito com o menor número de votos foi João Batista Rosa, com 25.928.

Em 1982, houve coincidência das eleições para vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador e governador.

Na década de 1990, outros dois ex-prefeitos disputaram eleição de deputado estadual: Teodoro Saraiva (prefeito entre 1993-1996) e Jorge Miranda (prefeito entre 2001-2003), mas obtiveram votações minúsculas, abaixo de 3.000 votos.

HIPÓTESE: EROS BIONDINI COMO CANDIDATO A SENADOR E CHIARA BIONDINI, CANDIDATA A DEPUTADA FEDERAL; GILSON DEIXARIA O CARGO, O VICE ALEMÃO GOVERNARIA NANUQUE POR MAIS DE DOIS ANOS

Gilson deixa claro que não tem como projeto político ser candidato a deputado nas eleições do próximo ano, mas o seu grupo político deixa uma janela aberta na seguinte hipótese: o deputado federal Eros Biondini (PL) concorrendo a senador, como já foi aventado, e sua filha Chiara Biondini disputando vaga de deputada federal.

Possibilidade remota ou não, se o federal Eros concorrer ao Senado, e sua filha Chiara, deputada estadual, subir pra federal, Gilson pode até entrar na disputa em 2026. Na política, tudo é possível

Nessa conjuntura, e somente para atender a um eventual pedido de Eros, Gilson poderia, sim, aceitar ter seu nome concorrendo a uma cadeira na Assembleia Legislativa de MG. Para isso, entretanto, Gilson deveria deixar o cargo seis meses da eleição, em abril de 2026. A renúncia seria obrigatória, conforme exigido pela legislação vigente, a fim de evitar conflitos de interesse ou o uso indevido da máquina pública para obter vantagens eleitorais. Esse procedimento é conhecido como desincompatibilização eleitoral. Assim, o vice Alemão assumiria o comando do Município por dois anos e oito meses.

<>