EFRAHIM MAIA, CANTOR QUE MOROU EM NANUQUE DURANTE VÁRIOS ANOS, MORREU AOS 67 ANOS

Conhecido no meio musical como o "Guru dos Festivais", participou de mais de 500 eventos pelo Brasil em quase 50 anos de carreira

O cantor e compositor Efrahim Maia Chaves, conhecido como o “Guru dos Festivais”, faleceu no sábado passado, 27 de setembro, aos 67 anos, vítima de complicações de saúde decorrentes de diabetes. Nascido em 27 de outubro de 1957, em Itanhém-BA, passou parte da infância e juventude em Nanuque. Nos últimos anos, teve residência fixa em Colatina-ES. Completaria 68 este mês.

Na cidade capixaba, Efrahim Maia foi secretário municipal de Cultura e tornou-se imortal da Academia de Letras e Artes Colatinense. Em parceria com o músico Dimas Deptulski, produziu o álbum "Mar e Lua" (2004-2008) e integrou projetos como o Sexta em Canto na

Biblioteca. Sua interpretação da canção Feliz Cidade, de Deptulski, ficou marcada como uma espécie de hino extraoficial de Colatina.

Começou na música ainda criança, cantando em dueto com o pai na Igreja Batista de sua cidade. Nos anos 1980, foi morar em Belo Horizonte, quando começou a participar de festivais. Atuou como um dos idealizadores do FescaNorte – Festival da Canção da Região Norte, mobilizando jovens músicos com visibilidade a talentos que marcaram época.

Além dos palcos da capital mineira, o artista participou de mais de 500 festivais pelo país, conquistando prêmios e reconhecimento. Seu álbum de estreia, "Canto das Águas", foi indicado ao Prêmio Sharp como Revelação Regional e lhe rendeu o Prêmio Jackson do Pandeiro. Com a canção Sete Quedas, Efraim Maia chegou a final do Festival da Música Popular Brasileira (MPB) da TV Record e foi desclassificado por critério dúbio do regulamento do festival.

Mesmo tendo vivido os últimos 17 anos em Colatina, Efraim Maia nunca deixou de carregar Minas Gerais na voz e na memória. Sua trajetória segue como inspiração para artistas e comunidades que ele ajudou a fortalecer.

Este ano, uma de suas composições conquistou o segundo lugar no Festival da Canção de Pinheiros, no Espírito Santo, demonstrando a vitalidade artística que o acompanhou até os últimos dias.

CARLOS VERONESI - Amigo de longas datas, o publicitário e promotor de eventos Carlos Veronesi, o Carlão, comentou: "Com frequência, a gente sempre se encontrava nos festivais e em eventos relacionados à cultura. Sei que ele morou um bom tempo em Nanuque, era um excelente compositor e cantor, respeitado por todos os lugares onde transitava. Um amigo generoso, talentoso e de bom caráter. Infelizmente, essa doença que tem levado muita gente a óbito, levou mais um bom companheiro."

Efrahim Maia deixa um repertório de canções premiadas e uma história de dedicação à música brasileira.

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